Branqueamento de corais
O trabalho consiste em um estudo das anomalias térmicas das águas superficiais do oceano e sua relação com os estranhos branqueamentos de corais. As algas – zooxantelas - que além de fornecer alimento, dão cor ao coral são extremamente sensíveis à váriações de temperatura, causando dessa forma a dissociação entre coral e alga, exibindo apenas o esqueleto calcário branco do coral. Diante disso, os alunos detectaram que um pequeno aumento na temperatura das águas superficiais do oceano pode provocar o branqueamento dos corais nos recifes. O objetivo do trabalho foi descrever as ocorrências de branqueamento dos corais em algumas áreas de recifes na costa leste do Brasil (litoral da Bahia). Foram utilizadas cartas de anomalias térmicas da superfície do mar e as indicações dos “hot spots” como material de coleta de dados climáticos para realizar o acompanhamento das variações da temperatura da água. A técnica proposta no Protocolo AGRRA e a técnica do vídeo transécto foram utilizadas como técnicas de aquisisão de dados de campo, assim como uma câmera de vídeo digital também foi utilizada para as filmagens submarinas. Após as investigações observaram que, algumas espécies de corais se mostraram mais afetadas que outras espécies, seja no grau de branqueamento ou no percentual de colônias branqueadas. Curioso que, esses percentuais variaram em um mesmo recife, ou até mesmo, uma determinada espécie de coral apresentar grau de branquamento mais elevado em diferentes recifes. Desse modo o trabalho concluiu que, de acordo com os dados coletados o branqueamento de corais está claramente relacionado com anomalias térmicas da superfície da água. Os recifes mais próximos da costa tiveram maior percentual de corais afetados, devido à vários fatores como o impacto da atividade humana.