Branqueamento de Corais
Este caso encontra-se no topo das alterações nas comunidades coralinas atualmente, pelo que é lhe dado uma especial atenção:
A atmosfera e o oceano têm vindo a aquecer desde o final do século 19 e vai continuar a aquecer, devido ao aumento dos gases com efeito de estufa.
Os fenómenos El Niño Southern Oscilation (ENSO) têm aumentado de frequência e intensidade nas últimas décadas. Esta combinação, de aumento de temperatura e casos de El Niño, provocam o aumento da ocorrência de branqueamento dos corais.
O branqueamento descreve a perda da relação simbiótica que os corais têm com as algas (zooxanthellae) ou com outros hospedeiros dos quais dependem para obter parte do seu alimento. A maioria dos pigmentos dos corais coloridos depende da presença destas células de plantas. O tecido vivo dos corais sem as algas são translúcidos, e por isso o esqueleto feito de carbonato de cálcio é exposto, resultando no aparecimento do coral branqueado.
O branqueamento dos corais é uma resposta ao stress que tanto pode ser induzido no campo ou no laboratório, por baixas ou altas temperaturas, luz intensa, variação de salinidade, e por outros fatores físicos.
O branqueamento é o caso extremo da variação natural das populações de algas que ocorrem em muitos corais.
Existem 3 tipos de mecanismos de branqueamento que estão associados a altas temperaturas ou luz: animalstress bleaching
(branqueamento por stress animal), algal-stress bleaching (branqueamento por stress de algas) e physiological bleaching(branqueamento fisiológico).
Embora todos sejam importantes para compreensão da interação dos corais com o clima, dois deles são particularmente importantes para os interesses atuais: algal-stress bleaching, sendo uma resposta aguda ao decréscimo da fotossíntese pelas temperaturas altas e luz intensa, e physiological bleaching, que reflete a depleção das reservas, a redução do tecido e biomassa e a menor capacidade para estabelecer relações simbióticas