Bons hábitos, ética e transdiciplinaridade
Bons hábitos, ética e transdisciplinaridade
EDITORIAL
“Somos o que fazemos repetidas vezes. A excelência, portanto, não é um ato, mas um hábito”. Estas palavras compõem um dos ensinamentos de Aristóteles, considerado o pai de todas as ciências. Este filósofo grego (384-322 AC), que foi discípulo de Platão, e mais tarde tornou-se tutor de Alexandre “o Grande”, influencia até hoje o pensamento ocidental nas atividades humanas. Pioneiro de vários campos da ciência, tendo praticamente inventado o pensamento lógico, enfatizou que o exercício dos bons hábitos torna as atitudes automaticamente boas, formatando-as em virtudes. A ética deve ser exercitada, bem como o esmero, o bom exercício técnico profissional, entre muitos anseios. O pensamento transdisciplinar, também deve ser um hábito. Se Aristóteles vivesse hoje, poderíamos dizer que exercia a transdisciplinaridade.
“A transdisciplinaridade diz respeito ao que está ao mesmo tempo entre as disciplinas, através das diferentes disciplinas e além de toda a disciplina.”
(NICOLESCU 1997)*.
Embora trabalhemos num segmento especializado, o exercício do conceito transdisciplinar passa a ser imprescindível para oferecer um tratamento adequado aos nossos pacientes.
Nesta edição, um exercício transdisciplinar é apresentado na seção entrevista, que tem como convidado o professor Paulo Conti, versando sobre as Disfunções
Temporomandibulares (DTMs) e as Dores Orofaciais
(DOFs). A preocupação ética e do envolvimento de outras áreas de atuação, manifestadas nas perguntas e respostas deste texto, apresentando uma ampla sustentação científica, associada à clareza e à objetividade, nos fez escolhê-lo como “selecionado pelo editor”.
Este tema também é explorado por um estudo de prevalência destes problemas em crianças, realizado em Araçatuba (UNESP).
O desenvolvimento tecnológico tem melhorado
os