bomba
O poder de destruição de Hiroshima e Nagasaki dependeu de alguns poucos quilos de material radioativo
Alessandro Greco, especial para o iG | 06/08/2010 11:44:23
Há dois tipos básicos de bombas nucleares, chamadas comumemente de bombas atômicas. A bomba de fissão e a bomba de fusão (também conhecida como bomba de hidrogênio).
Uma bomba de fissão é um mecanismo que quebra o núcleo de um átomo de forma descontrolada – a forma controlada é um reator nuclear. Para realizá-la, é preciso arremessar nêutrons contra um átomo (de urânio ou plutônio). No choque, esses átomos são quebrados, gerando dois átomos de menor massa, radiação gama e dois a três nêutrons. Estes novamente colidirão com um átomo (novamente de urânio ou plutônio), gerando mais dois ou três nêutrons e assim por diante. Nesse processo de fissão, o urânio gera em outros dois átomos e perde um pouco de massa, que se transforma em energia pela famosa equação de Einstein (E=mc2).
Quando esse processo acontece sucessivamente ocorre a chamada reação em cadeia, que produz cada vez mais energia. É essa energia associada ao calor e ao aquecimento súbito do ar que dá o poder de destruição da bomba.
Arte/iG
Produção cada vez maior de energia gerada em reação em cadeia, somada ao calor e ao aquecimento súbito do ar, dá poder de destruição da bomba
O aquecimento do ar é tão rápido (ocorre em alguns microssegundos) que desata uma onda de choque que viaja a uma velocidade maior do que a do som -- ou seja: quem estava perto da bomba morreu antes de ouvir o barulho da sua explosão . Também acontece um aumento de temperatura que chega a milhões de graus Celsius, maior que a temperatura do Sol.
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