Bolsa Família

Pesquisa divulgada recentemente comprovou que reeleição de Dilma Rousseff não deve-se exclusivamente ao Bolsa Família. Dos 11,2 milhões de votos a mais obtidos por Dilma durante a campanha do segundo turno 7,3 milhões vieram das cidades onde apenas 25% da população recebe respaldo do programa social.
O fato contraria as injúrias proferidas pelos eleitores tucanos que movidos pela revolta da vitória da candidata petista saíram atacando os beneficiários do programa Bolsa Família de todos os impropérios possíveis de se imaginar nas redes sociais.
O resultado da pesquisa comprova que não apenas de bolsa família vive o PT, por outro lado, leva alguns pesquisadores e interessados no assunto a uma reflexão pertinente: O bolsa família subiu à cabeça dos brasileiros?
O programa é um dos grandes marcos do governo do Partido dos Trabalhadores que nestes doze anos ininterruptos em que está no poder, implementou e distribuiu por todo o país o Bolsa Família. Com ele, milhões de pessoas saíram da pobreza extrema, fato reconhecido pela Organização das Nações Unidas (ONU). Com a distribuição dessa renda o pobre passou a fazer parte da economia do país e ao longo do tempo tornou-se classe média, que hoje é uma das principais responsáveis pela estabilização da economia do país.
Ao mesmo tempo em que os pobres passaram a deixar de ser pobre – se não por completo ao menos saíram da situação de miséria em que viviam – sua forma de pensar e ver as coisas foram se alterando. O poder aquisitivo, herdado do presidente Lula, subiu à cabeça dessas pessoas que passaram a desestimar os ganhos obtidos durante os três mandatos petista, desconsideram as políticas públicas criadas para eles e desconhecem o processo histórico do país. É o que deixa transparecer pesquisas que comprovam o crescimento do apoio a presidente nos lugares onde o bolsa família não beneficia nem metade da população e falta de crescimento nas cidades beneficiadas.
O Brasil ainda tem muito o que evoluir,