bolo de pao de lo
A História do Pão de Ló
Criado nos conventos portugueses cruzou fronteiras, chegou até o Japão e pode ser considerado o bolo mais tradicional da doçaria portuguesa. Com sua simplicidade, sabe-se que conquistou paladares antes mesmo do século XVIII. O pão de ló é muito querido pelos portugueses, existindo por esse país afora, museu, festas e até uma confraria gastronômica.
O bolo simples, feito de farinha, açúcar e ovos, muitos ovos, leva claras fofinhas que são as responsáveis pela massa levíssima do bolo e justificam o termo "ló", que dá nome à receita. Ló, para quem não sabe, é um tecido finíssimo e delicado. E se os portugueses levam os parabéns pelos deliciosos bolos com nome de pão, por esse mundo além mar existe algumas receitas que fazem lembrar algo que só os portugueses com sua vocação para fazer deliciosos doces poderiam criar. Pode ser chamado de Sponge Cake na culinária da Inglaterra e dos Estados Unidos, na Itália chama Pan di Spagna e no Japão Kasutera ou Castella.
Dizem também que embora a origem do nome seja portuguesa, suas raízes são espanholas descendentes de um biscoito similar ao pão de ló que era preparado nos mosteiros e conventos de Castela na Espanha.O pão de ló estava sempre presente nas mesas dos padres mais abastados, ele era indicado para as dietas de convalescentes, como também era enviado como presente e conforto a famílias enlutadas. Também era oferecido aos condenados à morte junto com um copo de vinho, quando subiam à força.
O pão de ló foi introduzido no Japão, como Pão de Castela onde ficou conhecido como “castella” (pronuncia-se castera) por causa das claras em castelo que são mais firme que as claras em neve, e através do tempo tornou-se um dos doces mais típicos de lá, chamado Kasutera.
Em Portugal existem muitas variedades desse bolo dependendo da região, alguns se tornaram até símbolos regionais, como o de Alfeizerão, o de Ovar, o de Margaride, o Minhoto, o de Mirandela e o de Arouca.