Bolha imobiliária continua a crescer a todo vapor no brasil
Setor controlado por capitais especulativos com crescimento em cima de recursos públicos: crédito a juros menores, programa Minha Casa Minha Vida. Queda em 40% das ações das construtoras em 2011
Enquanto o preço dos imóveis aumentou, em 2011, em torno de 26,3% no Brasil, e 27% em São Paulo, apesar do crescimento em 29% no mês de novembro, de acordo com o Secovi-SP (Sindicato da Habitação), as ações das construtoras caíram quase 40% de acordo com o índice FipeZap. Essa queda impactou fortemente a queda do índice Ibovespa que foi de 20% em 2011, pior que as ações nos EUA.
O setor é controlado por capitais especulativos que entraram no País após o colapso da especulação imobiliária nos países imperialistas. O aprofundamento da crise na Europa é a causa principal da crise imobiliária no Brasil, pois os especuladores têm direcionado o grosso dos recursos para cobrir os rombos das matrizes, têm aplicado nos investimentos protegidos pelo BCE (Banco Central Europeu), que, somente no mês de dezembro, liberou € 489 bilhões a taxa de apenas 1% para a recapitalização do setor financeiro imperialista em bancarrota e direcionar parte dos recursos para a compra dos títulos das dívidas públicas dos países da zona do euro.
Somente em IPOs (lançamento de ações), as construtoras que atuam no Brasil têm obtido em torno de US$ 20 bilhões a partir de 2005. As dificuldades para a obtenção de crédito aumentaram exponencialmente na Europa; os empréstimos interbancários são praticamente inexistentes.
A perspectiva para o setor é a estagnação e o estouro da bolha imobiliária
De acordo com o IBGE, o setor da construção civil cresceu 5,18% de 2004 a 2008, estagnou em 2009 e cresceu 11,63% em 2010.
De acordo com a CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção Civil), o ano de 2011 deverá fechar com crescimento de 5,5%, mas o número de imóveis novos tem caídos nas principais capitais do País: em Belo Horizonte foi de