boiética

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Fertilização in vitro
O médico Roger Abdelmassih, 63 anos, um dos maiores especialistas da América Latina em fertilização in vitro, contabiliza em sua clínica particular o nascimento de cerca de 6.500 bebês. Quase trinta anos depois do nascimento, na Inglaterra, de Louise Brown, o primeiro bebê de proveta do mundo, o brasileiro Abdelmassih explica a evolução das técnicas de reprodução assistida.
VEJA.com - O que mudou no processo de fertilização in vitro desde que a técnica surgiu até hoje?
Abdelmassih - No começo, a fertilização in vitro era feita sem estimulação do ovário. O processo obedecia o ciclo natural da mulher. Então, era feita uma laparoscopia para tirar o óvulo. Os laboratórios eram menos eficientes para colocar os espermatozóides ao redor do óvulo. Hoje, as estimulações são feitas para ter muito mais óvulos, com medicamentos hormonais que já são feitos por engenharia genética. Houve um avanço enorme desde 1978. Quando a Louise Brown nasceu, há 30 anos, a fertilização foi feita numa chance de 2% a 3 % por tentativa. Hoje, em uma mulher de até 35 anos, atingimos 55% de filho nascido por tentativa.
Veja.com – Há limite de idade para fazer a fertilização in vitro?
Abdelmassih - Desde que a mulher tenha óvulos, ela pode conseguir a gravidez. A qualidade do óvulo tem uma queda dos 30 aos 35 anos. E depois dos 35 cai significativamente, com isso a chance de gravidez também diminui.
Veja.com - Há alguma restrição para fazer a fertilização?
Abdelmassih - Infelizmente no Brasil há uma restrição forte, financeira. Pois não há vontade política em abranger totalmente o casal sem filho. Pensar no casal que tem possibilidade de ter filhos está certo. Vamos fazer o planejamento familiar. Mas planejamento também é dar filho para o casal pobre, que não tem filho. Quinze a 20% da população mundial têm dificuldade de ter filhos, pobre, rico, no Brasil, nos Estados Unidos, na Europa. Outro fator limitador é que a mulher moderna está deixando para ter filho mais

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