Boiética: uma nova racionalidade
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1 INTRODUÇÃOAtualmente, o interesse pela ética vem crescendo. As dimensões éticas têm amplo espaço, objetos de diferentes campos do saber são analisados e questionados a fim de fundamentar o agir do homem de maneira a assegurar a pluralidade dos estilos de vida, a aceitação das diferenças e a garantia das gerações futuras. Surge, então, a Bioética como uma versão contemporânea da ética aplicada aos avanços das ciências biomédicas voltada para os problemas morais concretos que emergem de novas situações históricas, do avanço da ciência e da mudança de valores. A Bioética é o grande destaque da Ética Aplicada que tem como reflexão, também, os setores da produção econômica e da relação entre o homem e o ambiente natural. Através da Bioética, pretende-se responder e orientar as questões e ações emergentes no novo quadro social que se forma, resultante dos avanços da ciência e da tecnologia e de sua aplicação indiscriminada que fere a dignidade humana e os direitos fundamentais. O interesse público crescente pelos possíveis desdobramentos da aplicação das biotecnologias no âmbito da vida e a globalização dos problemas, sobretudo os ambientais, fazem do discurso da bioética uma nova fenomenologia das atitudes morais. Tudo o que leva à discussão filosófica, desde Sócrates, diz respeito à vida humana. O importante tema Bioética dirá respeito ao que o ser humano pensa e sente, visando um convívio harmonioso e a construção de uma sociedade solidária. Diante do enfraquecimento da atitude crítica em face ao mundo cotidiano, originou-se a multiplicação de indicações para escolhas, valores e juízos. O pluralismo vestiu-se de irracionalidade. Este é um problema filosófico que se mostra urgente e que é acadêmico. Está sujeito a mudanças e, portanto, é preciso elaborar, conceber e conceituar as questões aí envolvidas voltadas a conscientização da responsabilidade do agir humano. Para sair