Boca De Lixo

1) Como a crítica à sociedade do consumo e do descartável emerge do documentário "Boca de Lixo", de Eduardo Coutinho?
A crítica provém da necessidade do lixo, da miséria mostrada no documentário. Algo que para uma grande parte das pessoas é totalmente descartável, fácil de desvencilhar, porém, devido ao exacerbado consumismo presente no mundo, serve de sobrevivência para uma minoria marginalizada. Coutinho nos faz refletir a partir dos pré-conceitos que criamos das pessoas que moram no lixo, em seu documentário ele nos mostra que “Há gente ali por causas sociais; há gente ali por “fraqueza”; há gente por opção; há por insubmissão a outras formas de exploração que lhes parecem mais aviltantes; há até gente ali por desejo de experimentar as facetas do mundo...”. (http://www.rua.ufscar.br/site/?p=2592) A partir disso é possível ver a aproximação que Coutinho tenta nos fazer enxergar das pessoas que moram no lixo com todos nós, nos mostra que são tão humanos como a sociedade que os exclui.

2) Quais recursos estéticos e documentais são utilizados pelo cineasta para atingir os objetivos propostos no filme "Boca de Lixo"?

“... subjazem traços de um programa estético dos mais consequentes, em se tratando de produção de documentários: documentar como uma aventura que inutiliza a noção de improviso, aventura que se constrói com o sujeito documentado e não sobre o sujeito documentado. Uma estética despida de esquemas rígidos, calçada na precariedade, na inconclusibilidade, na alteridade.” (http://www.rua.ufscar.br/site/?p=2592)
O que nos diz o trecho acima é que Coutinho em seu documentário não tentou de nenhuma forma “embelezar” as cenas de seu documentário, podendo dizer que suas cenas eram a “verdade nua e crua”, sem nenhum tipo de glamour sobre a miséria alheia. Além disso, é importante destacar a importância que Coutinho dá aos seus entrevistados como é citado no trecho, como “co-autores”.

Elisa Morais Buzi – GRR 20131271
Relações Públicas UFPR
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