1 INTRODUÇÃO Ao longo da história da humanidade, muitas mortes, doenças e mutilações de trabalhadores tiveram como causa direta ou indireta seu ambiente de trabalho. Desde as épocas mais remotas, atividades laborais apresentam riscos em potencial, concretizadas com frequência em lesões que afetam a integridade física e a saúde do trabalhador. O ambiente competitivo em que as empresas estão inseridas faz com que muitos gestores não detenham suas atenções quanto ao ambiente de trabalho oferecido aos seus empregados e, consequentemente, não percebam os danos a que estão expondo seus funcionários em seu meio de trabalho, ao meio ambiente e as comunidades. Ao mesmo tempo, a globalização dos mercados tem aumentado consideravelmente a competitividade mundial, o que impõe às organizações a contínua busca por novas ferramentas de gestão que possam auxiliar na melhoria de seus processos. Com a implantação de sistemas de gestão específicos (qualidade, meio ambiente, segurança e saúde do trabalho, responsabilidade social), as organizações objetivam o aumento da qualidade de produtos e serviços, o desenvolvimento sustentável, o melhor relacionamento com a sociedade e, em consequência, o aumento da lucratividade, podendo, assim, transformar as pressões de mercado em vantagens competitivas. Neste contexto, o bom desempenho em Segurança e Saúde no Trabalho (SST), é decisivo para as empresas, uma vez que este sistema reduz os riscos de acidentes, promove a saúde e a satisfação dos trabalhadores, melhora os resultados operacionais e a imagem da organização, criando novas oportunidades de crescimento. Nos últimos anos, juntamente com implantações de Gestão de Segurança e Saúde do Trabalho, as Boas Práticas em GSST são citadas com frequência nos vários domínios da realidade sócio-econômica e, muito em particular, no campo da prevenção dos riscos