Boas, frans; a formação da antropologia americana, 1883 – 1911.
CENTRO DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS EXTAS E NATURAIS
DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA E GEOGRAFIA
CURSO DE GEOGRAFIA
DISCIPLINA: ANTROPOLOGIA
PROFESSORA: SUELLEM ALUNOS: DIEGO MAYCON
BOAS, Frans; A formação da antropologia americana, 1883 – 1911.
Os pressupostos básicos da antropologia de Boas
Franz Boas, um alemão profundamente arraigado às tradições intelectuais de sua terra natal, definiu o “caráter nacional” da antropologia nos Estados Unidos. Discute-se se devemos falar de uma “escola” Boas (White 1966, p. 3-4), mas não há dúvida de que ele foi a força individual mais importante na formação da antropologia americana na primeira metade do século XX. Boas travou em 1887 com Otis Mason e John Wesley Powell sobre “a ocorrência de invenções similares em áreas muito separadas”. a questão entre Boas e Mason tinha a ver com os conceitos de causalidade e classificação.
Uma das explicações que Mason apresentou para a “ocorrência de criações similares” — especificamente aquela que estava em discussão entre ele e Boas — era a noção evolucionista tradicional de “invenção independente”: “Na cultura humana, como na natureza em toda parte, causas semelhantes produzem efeitos semelhantes. Sob a mesma pressão e com os mesmos recursos, surgirão as mesmas criações.” Contra isso, Boas argumentou que na “enumeração de causas de invenções semelhantes”, apresentada por Mason, “omite-se uma dessas causas, que derruba todo o sistema: causas dessemelhantes produzem efeitos semelhantes”.
Mason admitiu que ele trazia uma sugestão “engenhosa” que poderia explicar certas similaridades “superficiais” da cultura. Sentia, entretanto, que não ganharia aceitação muito ampla, “diante do axioma de que ‘efeitos semelhantes se originam de causas semelhantes”. Boas replicou que o axioma em questão era de um tipo não “reversível”: “Embora causas semelhantes tenham efeitos semelhantes, efeitos semelhantes não têm causas semelhantes” — o que, conhecendo-se o