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Na apresentação, Castro inclui uma breve mas bastante completa biografia de Boas, usando como fontes dois especialistas, Douglas Cole e George Stocking Jr. Além disso, justifica a seleção dos artigos e comenta cada um deles. Todos os artigos são originários de Race, Language and Culture, de 1940, uma coletânea que Boas organizou quase no final da vida, contendo 62 textos que ele julgava os mais representativos da sua carreira.
Dos cinco artigos, quatro são da parte de "Cultura" em Race, Language and Culture. Isso é positivo, já que são provavelmente os artigos mais usados no ensino de Teoria Antropológica. O primeiro texto é o clássico As Limitações do Método Comparativo em Antropologia Social, de 1896, onde Boas critica o evolucionismo social, com base na defesa da pertinência do método indutivo. Sem impugná-lo diretamente, Boas afirma que a comparação evolucionista entre povos seria possível somente dentro de territórios restritos, por meio de precisos estudos individuais. Além disso, nesse artigo Boas também critica o determinismo geográfico, baseado no argumento de que ele não dá conta de explicar a diversidade que existia entre povos que viviam em condições geográficas semelhantes.
Em Os Métodos da Etnologia, de 1920, Boas critica novamente os métodos