Blue Eyes, de Jane Elliot
A segregação racial bem como as outras formas de discriminação, sejam elas, sexual, homofóbica, religiosa e etc, são atos persistentes na sociedade moderna,apesar de todos serem equiparáveis perante as leis, independentemente de suas características fenotípicas.
Neste sentido, o cotidiano social imprime um modelo ideológico de inferioridade racial, por exemplo, cita-se as telenovelas, onde tem-se a figura da moça negra como empregada obediente as ordens da patroa de pele branca.
O documentário “Olhos Azuis” ( Blue Eyes ) aborda de forma impactante e com exímio rigor justamente esta questão da discriminação e do abalo emocional das pessoas por ela afetada. O vídeo é interessante e ao mesmo tempo instigador, retratando um exercício desenvolvido pela pedagoga norte-americana Jane Elliott, em que o objetivo era fazer com que as pessoas menos impactadas pelo preconceito sofram na própria pele as angústias e indiferenças pelo simples fato de possuírem uma característica externa não escolhida por elas.
No início os voluntários são subdivididos em dois grupos, um de pessoas com olhos azuis e o outro composto de pessoas de olhos castanhos. Os olhos azuis foram encaminhados propositalmente para uma sala abafada e sem estrutura, para ficarem fatigados e abalados psicologicamente, ao passo que as pessoas de