Resenha do filme “blue eyes”
O documentário relata a experiência da professora Jane Elliot, onde o objetivo é fazer com que as pessoas brancas “vivam na pele” o que as pessoas negras sofrem. A partir da morte de Martin Luther King, a professora começou a fazer o exercício com seus alunos, separando-os pela cor dos olhos. Foram divididos em dois grupos, os de olhos castanhos, e os de olhos azuis. Os de olhos azuis eram os superiores, bem tratados, e os de olhos castanhos eram os subalternos, maltratados pelos de olhos azuis. Em pouquíssimo tempo as crianças já começaram a se comportar de forma diferente, conforme rotulados.
A partir do exercício a professora começou a fazer a mesma dinâmica com adultos. O documentário assusta, pela maneira que ela aplica o teste. É fácil perceber nas pessoas testadas que o racismo convence a pessoa de que ela é incapaz, e que é numa situação subordinada, pois é diferente. Eles passam realmente pela mesma condição que milhares de pessoas passam todos os dias.
“Blue Eyes” deixa bem claro que o racismo é visto por brancos e negros de formas diferentes. O branco está sempre em um patamar superior, onde nada sofre, nunca é testado, humilhado. Já o negro é sempre considerado um subalterno, levando-o a pensar em sua negritude. Colocando a raça branca em teste, a professora tenta mudar o fato da maneira mais violenta e desumana possível, para quem sabe passando pela mesma situação, cada pessoa mude seu modo de agir e pensar, e seja extinta qualquer forma de preconceito.
Perante a Declaração Universal dos Direitos Humanos, todo ser humano é igual. Todos temos nossos direitos, nossas idéias e cada um pode ter seu lugar no planeta, sem ser julgado por sua cor, credo, crença ou qualquer outra forma. O documentário nos faz pensar sobre nossas atitudes, e o que temos feito para acabar com todos as injustiças que o mundo tem