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John Owen
CAPÍTULO 1.
DOS DOIS EXTREMOS PRINCIPAIS ESTUDADOS PELOS ARMINIANOS, POR SUAS INOVAÇÕES NA DOUTRINA RECEBIDA PELAS IGREJAS REFORMADAS.
A alma do homem, pela razão de depravação natural, não é apenas sombria (Efésios 4:18; João 1:5; 1 Coríntios 2:14) como um nevoeiro de ignorância, pelo que ela é incapaz de compreender a verdade divina, mas também está armado com preconceito e oposição contra algumas partes da mesma¹, que são de um modo ou de outro mais altas ou contrárias que certos princípios falsos que estão arraigados a sua própria natureza. Como o desejo de autossuficiência foi à primeira causa de sua enfermidade, então esse conceito é a forma com que ele enfraquece; ele não faz mais nada a não ser lutar pela independência de qualquer poder supremo, que possa ajudar ou atrapalhar, ou controlar todas as suas ações. Esta é a raiz amarga de onde surgiram todas as heresias² e contendas miseráveis que tem perturbado a igreja, no que diz respeito ao homem labutar por sua própria felicidade, e sua isenção da providência divina sobre cada decisão do Todo-Poderoso. Todos os que usam de razões carnais para disputas incessantes contra a palavra de Deus chegam a seguinte questão, quer seja a primeira, ou a parte principal, as coisas neste mundo devem ser atribuídas a Deus ou o homem? Os homens, em sua maioria, têm sustentado esta primazia para si próprios³, exclamando que as coisas devem ser dessa maneira, ou que Deus é injusto, e seus caminhos desiguais. Nunca nenhum homem, “postquam Christiana gens esse caepit(depois que começou a ser cristão),” ansiosamente se esforçou mais para edificar a Torre de Babel do que os Arminianos, os cegos protetores modernos da autossuficiência humana; todos cujas inovações das doutrinas recebidas pelas igrejas reformadas visam e tendem para uma dessas duas extremidades: —.
PRIMEIRO, para se isentarem da influência de Deus, — para se verem livres do domínio supremo da providência