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Nos últimos anos, o debate em torno de problemas atinentes a imigração ganhou fóruns próprios, como aConferência Internacional sobre População e Desenvolvimento realizada na cidade do Cairo em 1994, por iniciativa do Fundo de População das Nações Unidas, e o Encontro Europeu da Organização Internacional do Trabalho organizado na sede de Genebra da OIT, entre 12 e 15 de dezembro de 2000. Nestes fóruns, as questões tratadas encontram suas raízes em problemas clássicos que envolvem migrações internacionais; entretanto, elas vêm escapando às formas tradicionais de concepção e condução de ações dos governos nessa área.
Têm-se que, a cada momento, as questões lançadas pela dinâmica das migrações internacionais ganham novos contornos e dimensões, avançando para além das esferas mais diretamente e imediatamente implicadas pelas transformações econômicas e políticas que agitaram o mundo desde o final dos anos 80.
Aqui, ressalta-se o notável aumento das migrações inter e intrafronteiras registrado nos últimos anos,1 com mudanças no perfil do imigrante, ainda que a centralidade do trabalho continue predominando.
Neste particular, registra-se o crescimento da oferta de empregos no setor das TIC (Tecnologias da Informação e da Comunicação) que tem desencadeado novas situações que transbordam para o debate político, lançando questões quanto aos meios de consecução de projetos de desenvolvimento concebidos pelos governos de diferentes nações.
Sob a força das circunstâncias após os atentados terroristas que atingiram os Estados Unidos no último 11 de setembro , um aspecto referente às migrações internacionais ganhou destaque na discussão e encaminhamento de ações nos Estados Unidos e em