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Como professora universitária, Ana ensina rádio, jornalismo e literatura brasileira.
A década de 1980 revelou ser a década do livro na vida de Ana Maria
Machado. Largou tudo o que vinha fazendo e fundou uma livraria especializada em literatura infantil, a Malasartes. Nessa fecunda década, Ana publicou mais de quarenta livros. Logo em 1981 recebeu o Prêmio Casa de las Américas por “De olho nas penas”, um mágico e pungente inventário da opressão do índio e do negro. Pela literatura infantil e pelo Brasil, Ana corre o mundo. Já em 1978, na reunião do International Board on Books for Young People (IBBY), tinha sido eleita membro do júri que confere a cada dois anos o Prêmio Hans Christian Andersen, uma espécie de Nobel da Literatura Infantil. Em Pittsburgh, nos Estados Unidos, fala sobre arte e censura no Brasil dos anos 1970; em Bologna, na Itália, supervisiona o estande brasileiro na Feira Internacional do Livro Infantil; em Luanda, Angola, coordena uma oficina de criação literária; em Nicósia, Chipre, fala sobre literatura infantil brasileira; em Basiléia, na Suíça, discorre sobre literatura infantil na América
Latina; em Bratislava, Tcheco-Eslováquia, participa de um seminário internacional de ilustrações; em Tóquio, Japão, com um trabalho seu é aberto o congresso do IBBY; em Kingston, Jamaica, representa a Unesco num congresso sobre o fomento da literatura infantil no Caribe.
O definitivo reconhecimento internacional da obra de Ana Maria Machado aconteceu em 2000. Ana recebeu o Prêmio Hans Christian Andersen, considerado o
Nobel da Literatura Infantil e Juvenil, em Cartagena de Índias, na Colômbia.