Biosseguridade bovinocultura
Bovinocultura de corte
Entende-se a biosseguridade dentro dos sistemas de produção animal intensiva como “o conjunto de procedimentos que visam prevenir ou controlar a contaminação dos rebanhos por agentes ou doenças infecciosas que afetam a produtividade destes ou a saúde dos consumidores de produtos de origem animal” (adaptado de SESTI, 2005).
Os programas de biosseguridade têm como objetivo evitar o ingresso de agentes/doenças exóticas em uma região, bem como evitar a propagação de um agente dentro dos diferentes compartimentos de uma região onde este já foi identificado.
O Brasil é um dos principais países produtores e exportadores de alimentos de origem animal. Este mérito é fruto de uma constante e crescente preocupação do setor produtivo. O agronegócio brasileiro vem investindo há muitos anos em biosseguridade e mais recentemente no aprimoramento das Boas Práticas de Produção (BPP ou GMP). O reconhecimento das equipes de auditores ou empresas certificadoras são exemplos do sucesso destas práticas.
Nestas últimas décadas, aproximadamente 75% das doenças emergentes que afetam humanos foram provocadas por patógenos provenientes de animais (BROWN, 2004), e a estas se somam as toxi-infecções alimentares. Nos últimos anos, vários episódios tornaram-se ameaças para a humanidade, como a Encefalite Espongiforme Bovina, o vírus Ebola, a Síndrome Respiratória Aguda (SARS) os casos de Influenza Aviaria (H5N1) e a mal denominada “gripe suína” (H1N1). Estes episódios induziram a Organização Mundial da Saúde (OMS) a anunciar o risco de pandemias com sérias consequências para a humanidade, felizmente não concretizadas.
As zoonoses são doenças transmitidas entre animais e humanos. Os primeiros são considerados os disseminadores de agentes zoonóticos, porque é maior a probabilidade de um animal transmitir a doença para os humanos, face às formas de contato animal doméstico-homem. Na maior parte das