Biorremediação
Neste contexto, iniciaremos uma discussão sobre o Bioma Brasileiro Caatinga. Primeiramente vamos entender o conceito de biomas.
Bioma é conceituado como um conjunto de vida (vegetal e animal) constituído pelo agrupamento de tipos de vegetação contíguos e identificáveis em escala regional, com condições geoclimáticas similares e história compartilhada de mudanças, o que resulta em uma diversidade biológica própria. São eles: Amazônia, Cerrado, Mata Atlântica, Caatinga, Pampas, Pantanal. Exclusivamente brasileira, a Caatinga ocupa cerca de do país (844.453 Km²), sendo o principal ecossistema/bioma da região nordeste (Ministério do Meio Ambiente, 2008).
Inclui os estados do Ceará, Rio Grande do Norte, a maior parte da Paraíba e Pernambuco, sudeste do Piauí, oeste de Alagoas e Sergipe, região norte e central da Bahia e uma faixa estendendo-se em Minas Gerais seguindo o rio São Francisco, juntamente com um enclave no vale seco da região média do rio Jequitinhonha. A ilha de Fernando de Noronha também deve ser incluída (Andrade-Lima 1981).
O nome “caatinga” é de origem Tupi-Guarani e significa “floresta branca”, que certamente caracteriza bem o aspecto da vegetação na estação seca, quando as folhas caem (Albuquerque & Bandeira 1995) e apenas os troncos brancos e brilhosos das árvores e arbustos permanecem na paisagem seca.
Essas regiões são consideradas como o ecossistema mais explorado e degradado do mundo, pelo uso intensivo da terra. Caracterizada como floresta arbórea ou arbustiva, a Caatinga é composta de árvores e arbustos baixos com algumas características xerofíticas.
Assim como as diversas matas secas tropicais, a vegetação da Caatinga também é alvo de grande exploração humana, pela atividade agrícola desenvolvida, pelo extrativismo na extração de madeira e lenha e pelo uso da pecuária extensiva. No Nordeste, as áreas de Caatinga apresentam um regime de chuvas cuja deficiência hídrica ocorre na maior parte do ano, e abrangem centenas