bioquimica

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FILO PORIFERA: BIOLOGIA E ECOLOGIA

Conhecidas e utilizadas desde a antiguidade pelos povos primitivos as esponjas foram incluídas já no primeiro tratado sobre classificação de organismos, escrito por Aristóteles em 350 a.C., na Grécia clássica. Consideradas inicialmente como plantas, sua natureza animal só foi reconhecida no final do século XVIII, quando se observaram as correntes de água no seu corpo. No entanto, os grandes naturalistas da época (Lammarck, Lineu, Cuvier) classificavam as esponjas como Zoophyta (animais-plantas) ou Pólipos (considerando-as como próximas dos cnidários). Foi o naturalista inglês R.E. Grant quem primeiro compreendeu a anatomia e fisiologia das esponjas e criou o nome Porifera, que significa “portador de poros”. A elevação de Porifera ao nível de Filo, sugerida por Huxley em 1875 e por Sollas em 1884, só foi aceita no início do século XX. Ainda assim, os debates a respeito de sua posição em relação aos protozoários e metazoários permaneceram até recentemente. O Filo Porifera está composto por organismos multicelulares com um nível de organização bem simples, sem a formação de tecidos homólogos às camadas de origem embrionária de outros animais. Apesar de multicelulares, realizam várias de suas funções vitais de forma semelhante a seres unicelulares, como protistas. Devido a estas características, os poríferos, também conhecidos como esponjas, são classificados por alguns zoólogos em Parazoa (do grego: ao lado de, junto aos outros animais), acreditando-se que tenham seguido uma linha evolutiva paralela àquela que deu origem aos metazoários. No entanto, devido a inúmeras características em comum com outros animais, diversos zoólogos preferem incluí-los entre os metazoários e muitos os consideram em uma posição intermediária entre um estado unicelular e a multicelularidade mais complexa dos Metazoa. Os mecanismos utilizados pelas esponjas para a realização de suas funções vitais diferem de todos os demais metazoários e por esta

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