Bioquimica
O aumento da prevalência de doenças metabólicas como obesidade e diabete tipo 2 na sociedade moderna está fortemente associado com ingestão calórica excessiva e diminuição do gasto energético. Muitos fatores regulam a ingestão alimentar, incluindo hormônios como insulina e leptina. Estes fatores são integrados no hipotálamo que medeia um sistema de sinalização celular para regular o comportamento alimentar e o balanço energético. Animais com mutação ou deleção da Tub desenvolvem obesidade tardia e resistência a insulina, além de defeitos sensoriais. A Tub é expressa predominantemente no hipotálamo e é co-localizada com os receptores de insulina.
Resultados preliminares do projeto JP (2008/55674-8), ao qual esse projeto está vinculado, demonstraram que a Tub é substrato da insulina e leptina em hipotálamo de animais normais in vivo. Sabe-se que, em roedores, a redução calórica de 30-60% aumenta a longevidade, impedindo ou retardando a ocorrência das doenças crônicas como arteriosclerose, cardiomiopatia e diabetes. O mecanismo clássico que medeia o efeito benéfico da restrição calórica está relacionado à redução da gordura corpórea, diminuição das espécies reativas de oxigênio corporal e à sinalização de insulina. Como a tub pode ser regulada pela insulina e leptina e está associada com o metabolismo energético celular, condições estas moduladas na restrição calórica, o primeiro objetivo do estudo é investigar se a restrição calórica (RC) influencia a regulação da proteína tub pela insulina e leptina em hipotálamo de camundongos C57BL/6J. De forma complementar, será estudada a regulação da proteína tub pela insulina e leptina em hipotálamo de camundongos C57BL/6J submetidos a dieta hiperlipídica, condição esta oposta à restrição calórica. Um estudo recente demonstrou que a tub é também expressa em adipócitos e pode ser regulada pela insulina nestas células. Portanto, o terceiro objetivo do estudo é investigar o efeito da RC e da dieta