Bioquimica do exercicio fisico
CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS – CCB
DEPARTAMENTO DE BIOQUÍMICA
BIOMEDICINA
Alessandra Maria Monteiro e Silva; Bernardo José de Araujo Jatobá; James Chagas Almeida; Luiz Nascimento de Araújo Neto; Maria Isabela de Andrade Pereira; Wanessa Silva dos Santos.
BIOQUÍMICA DO EXERCÍCIO FÍSICO
RECIFE, 2010.2
1. INTRODUÇÃO O exercício muscular é uma atividade mecânica decorrente da contração simultânea de vários músculos integrantes de uma ou mais regiões corporais. Em todas as espécies, ele é a atividade fisiológica mais integrada que existe. Além do suporte estrutural específico, sua base de operação é a capacidade de produzir muito ATP e gasta-lo bem. Vários outros tecidos estão envolvidos na oferta das condições que a musculatura necessita para entrar em atividade. Entre eles podemos citar, primordialmente, o nervoso, pois seus comandos conscientes ou inconscientes materializam a vontade de trabalhar. O cérebro, por sua vez, exerce seu próprio trabalho, que não é mecânico, mediante o consumo quase que exclusivo de glicose. E a glicose, em certos momentos, vem em grau preponderante do fígado, que também não executa atividade mecânica típica. Aliás, o envolvimento dos hepatócitos na operação do trabalho do músculo é feita por hormônios que poderão vir da hipófise, do pâncreas, das supra-renais etc. Estes hormônios, entre outras, têm a função de buscar combustíveis para o músculo queimar: um pouco de glicogênio e muita gordura. E a gordura está no tecido adiposo, à duradoura fonte de energia para o músculo que trabalha. Além disso, os nutrientes para as fibras musculares que estão ativas vêm do sangue e quem movimenta o sangue é o coração. Na cadeia metabólica produtora de ATP, tão importante quanto estes combustíveis é o oxigênio e este chega pelo