Bioprótese Cardiovascular
BIOPRÓTESES: UM FUTURO EM DESENVOLVIMENTO
M.Vinícius dos SANTOS¹
RESUMO
As doenças cardiovasculares representam um grande problema mundial. De acordo com a
Organização Mundial de Saúde, as doenças cardiovasculares mataram 18,5 milhões de pessoas em 2013, o que representa quase 30% da mortalidade anual (WHO, 2014). Uma quantidade considerável destas doenças é representada por falhas nas válvulas do coração. As válvulas cardíacas são, a aorta, pulmonar, mitral e tricúspide. No tratamento cirúrgico das valvopatias aórticas, a abordagem atualmente preferida é a substituição de válvula cardíaca. Os casos clínicos têm relatado que todos os quatro tipos de válvulas cardíacas foram bem substituídos com biopróteses, com uma boa margem de aceitação até mesmo em pacientes que tiveram todas as válvulas substituídas simultaneamente. Hoje o grande problema a ser tratado é o ideal de prótese durável e amplamente compatível com o organismo, para tal, inúmeros tratamentos vêm sendo usados e desenvolvidos. O mais usado, e com maior índice de sucesso até hoje é o tratamento do material com glutaraldeído, um composto que tem como principal papel preparar o material biológico para ligação com o organismo. Mas o pouco conhecimento, e a necessidade imediata de continuidade do tratamento fazem com que novas técnicas sejam exploradas, e o mercado esteja cada vez mais aberto a recebê-las. “O número de pacientes que necessitam de substituição de válvula cardíaca no mundo é estimado para triplicar de cerca de 290 mil em 2012 para mais de 850 mil em 2050” (ST. JUDE MEDICAL, 2014)
Palavras-chave: bioprótese; válvula; coração;
Introdução
O coração humano pode ser considerado uma bomba dupla de deslocamento positivo, que junta o trabalho em conjunto da circulação sistêmica e pulmonar. Cada bomba é composta por uma câmara de recepção que é chamada átrio e uma câmara de bombeamento, chamada ventrículo. Cada ventrículo tem duas válvulas, uma na entrada e uma