mamografia
EXPERIÊNCIA DE SERVIÇO
Endocardite infecciosa valvar submetida a tratamento cirúrgico: análise de 64 casos
Infective valve endocarditis treated by surgery: analysis of 64 cases
Demóstenes G. Lima RIBEIRO1, Ricardo Pereira SILVA2, Carlos Roberto Martins RODRIGUES SOBRINHO2,
Pedro José Negreiros de ANDRADE2, Marcos Vinícius V. RIBEIRO3, Rosa M. Salani MOTA4, João Martins de
Sousa TORRES1
RBCCV 44205-733
Resumo
Objetivo: Identificar aspectos clínico-laboratoriais da endocardite infecciosa valvar, tratada com cirurgia, no Hospital de Messejana, Fortaleza, CE, no período de 1988 a 2003.
Método: Estudo observacional, retrospectivo, da fase hospitalar, de 64 pacientes portadores de endocardite infecciosa, submetidos à substituição valvar aórtica e/ou mitral, vegectomia e plastia da tricúspide e excisão da valva pulmonar, como parte do tratamento. Analisados o sexo, a idade, o tempo decorrido entre a internação e a cirurgia e entre a internação e a alta hospitalar, a valva acometida, o resultado da hemocultura, o procedimento cirúrgico efetuado e a mortalidade. Resultados: A endocardite infecciosa valvar, tratada com cirurgia, preponderou na terceira década, 81,2% dos pacientes eram masculinos. O tempo decorrido entre a internamento e a cirurgia foi menor nos pacientes que faleceram. A valva aórtica, de modo isolado ou associado, foi acometida em 65% dos casos. Hemoculturas foram positivas em 42%; em 52,4% delas, isolou-se Estafilolococo aureus. Necessitaram de substituição valvar 93,7% dos pacientes. Houve mortalidade
de 14,1%, não influenciada pela idade nem pelo resultado da hemocultura. Conclusão: Endocardite infecciosa valvar, submetida ao tratamento cirúrgico, foi mais freqüente em homens e na terceira década. Acometeu preferencialmente a valva aórtica.
Estafilolococo aureus foi o patógeno mais comum. Na quase totalidade dos casos, procedeu-se substituição valvar e a
mortalidade