Biopirataria
A exploração dos recursos naturais é imprescindível para o desenvolvimento de qualquer país do mundo, mas a complexidade da crise ecológica global, na atualidade, vem transformando a visão de crescimento através da industrialização nos moldes da Revolução Industrial para um novo modelo de desenvolvimento denominado de “sustentabilidade”. O desenvolvimento sustentável é o caminho encontrado pelo mundo para amenizar os impactos devastadores da industrialização, constatando-se que através de pesquisas e investimento em biotecnologia é possível reduzir os impactos negativos contra o meio ambiente e os recursos naturais, considerados como fonte de riquezas e alternativas de crescimento econômico para os seus detentores, proporcionando uma perspectiva de qualidade de vida para as presentes e futuras gerações do mundo todo. No entanto, este novo paradigma também trouxe consigo uma corrida pela monopolização esta fonte de riqueza. Não que seja algo novo, mas se fortaleceu com a idéia de uma economia voltada para o meio ambiente natural. O Brasil é campeão em biodiversidade e, portanto, detentor de uma inestimável fonte de riquezas naturais, mas, infelizmente, também é campeão em biopirataria, apesar da construção de uma legislação ambiental forte e completa, mas que enfrenta obstáculos na sua aplicação, o que caracteriza a sua ineficácia no combate à biopirataria, especialmente na Amazônia. Esta imensa potencialidade biológica presente na Amazônia atiça a cobiça internacional. Todos os anos são apreendidos cerca de 40 mil animais silvestres eespécies de flora nos portos e aeroportos do país. De acordo com Flávio Montiel, diretor de proteção ambiental do IBAMA, “o imenso patrimônio genético da Amazônia, Mata Atlântica e Pantanal, com potencial de uso farmacêutico, cosmético e alimentar, necessita do permanente aperfeiçoamento legal, para sua proteção contra o contrabando e apropriação para patenteamento no exterior” (fonte: Correio Braziliense de