Biopirataria
É de conhecimento de todos que a Amazônia possui a maior biodiversidade do planeta. Sabemos também dos interesses das grandes multinacionais da bioindústria sobre os recursos da biodiversidade amazônica.
Os acessos a essas riquezas muitas vezes acorrem de forma repreensível e antiética. Os interesses econômicos de apropriação e monopolização sobre as riquezas do planeta, em especial da Amazônia, afetam diretamente a forma de viver das comunidades locais, desrespeitam as culturas e conhecimentos tradicionais, bem como prejudicam o espírito de sustentabilidade como forma de manutenção de vida dessas comunidades.
A Biopirataria é o termo usado para denunciar esse tipo de lesão à cultura e à vida das populações tradicionais.
Nosso objetivo com estas páginas, além de denunciar os casos de ocorrência de biopirataria, é levar ao conhecimento dos interessados de maneira transparente e acessível, informações sobre assuntos relacionados ao tema. Visamos ainda a participação e articulação dos parceiros da Campanha Contra a Biopirataria com outras instituições e cidadãos interessados em somar esforços nessa luta contra a mercantilização da vida e da biodiversidade.
BIOPIRATARIA NA AMAZÔNIA - APRESENTAÇÃO
A biopirataria não é apenas o contrabando de diversas formas de vida da flora e fauna mas principalmente, a apropriação e monopolização dos conhecimentos das populações tradicionais no que se refere ao uso dos recursos naturais. Ainda existe o fato de que estas populações estão perdendo o controle sobre esses recursos. No entanto, esta situação não é nova na Amazônia.
Este conhecimento portanto, é coletivo, e não simplesmente uma mercadoria que se pode comercializar como qualquer objeto no mercado.
Porém, nos últimos anos, através do avanço da biotecnologia, da facilidade de se registrar marcas e patentes em âmbito internacional, bem como dos acordos internacionais sobre propriedade intelectual, tais como TRIPs, as possibilidades de