Biomédica
O ambiente marinho é uma fonte inesgotável de descobertas e os animais e vegetais que vivem nos oceanos ainda guardam muitos segredos bioquímicos que se forem desvendados, podem até originar produtos com gigantesco interesse científico e industrial.
Centenas de novas moléculas de origem marinha estão sendo descobertas a cada ano e, quem sabe num futuro próximo, poderão ser utilizadas para o benefício do homem, como no tratamento de câncer, inflamações entre outros tipos de doenças (PINTO et al., 2002).
Os oceanos cobrem 70 % da superfície terrestre e são habitados por cerca de 200 mil espécies de plantas e invertebrados marinhos e também milhões de microrganismos. Alguns invertebrados marinhos, tais como plantas, esponjas, octocorais, ascídeas e briozoários, quando atingem a idade adulta são, aparentemente, desprovidos de defesas físicas e se desenvolvem em condições adversas quando comparados aos organismos terrestres. Como resposta à essa falha de defesa física, essas espécies produzem substâncias únicas com funções biológicas diversas, tudo para a
evolução e sobrevivência destas das mesmas
(PINTO et al., 2002).
A investigação do potencial bioquímico dos organismos marinhos tem originado descobertas de interesse direto ao desenvolvimento científico e tecnológico visando o bem estar e a saúde do Homem. Apesar de já terem sido descobertos cerca de 10.000 produtos naturais marinhos, as pesquisas realizadas no Brasil ainda estão no início. As poucas informações sobre a química dos organismos coletados no nosso litoral, indicam um grande potencial na descoberta de novas substâncias biologicamente ativas. Diversos organismos marinhos já foram coletados no Estado do Rio de Janeiro e nas áreas de preservação ambiental dos Abrolhos, Fernando de Noronha e Tamandaré. Desde 1995, extratos brutos de diversos octocorais, esponjas, ascídeas e briozoários foram testados quanto à sua