Biologia
O Brasil é um dos principais países entre aqueles detentores de megadiversidade, possuindo de 15 a 20% do número total de espécies da Terra (MYERS et al. 2000). Dentre outros biomas componentes de seu território apresenta-se a Mata Atlântica, a segunda maior floresta pluvial tropical do continente americano, que originalmente estendia-se de forma continua ao longo da costa brasileira, penetrando até o leste do Paraguai e nordeste da Argentina em sua porção sul (Tabarelli et al. 2005). Porém, esse ecossistema, em cinco séculos de ocupação foi reduzido a pequenas manchas que se concentram na região Sul/ Sudeste (Joly et al. 1990) tendo hoje, pouco mais de 7% de sua cobertura original (Reserva da Biosfera, 1999).
Até meados do século XIX, o estado de São Paulo ainda apresentava sua vegetação nativa quase que intacta, porém devido à prática da monocultura, o período subsequente foi marcado pelo intenso uso da terra, sobretudo devido à expansão da cafeicultura pelo interior do estado, a qual priorizou as áreas de mata rica em húmus, por suas exigências de clima e solo. A cultura responsável pelo crescimento econômico do estado e do país também causou a destruição insensata de ambientes (Wanderley et al. 2002).
Mesmo assim, boa parte dos remanescentes da Mata Atlântica está situada no estado de São Paulo (Leitão Filho 1994 apud Ziparro et al. 2005), sendo que a maior concentração ocorre ao sul do estado na região Vale do Ribeira (Silva Matos; Bovi, 2002).
Os estudos de Coffani-Nunes e Weissenberg (2010) apontam que apesar da alta diversidade com a região possuindo 28% das espécies previstas para o Estado e cerca 7% das espécies conhecidas para o Brasil, esta é marcada por grandes vazios de informação, existindo municpios os quais inexistem coletas de material botânico. Ainda Weissenberg (2010) ressalta que existe no vale do ribeira um vazios de informação não somente horizontais no qual se contabiliza municipios ou regiãos geograficas, mas também há o