biologia

Encerrando o nosso ciclo sobre a análise de fatores que influenciam o sobrepeso e a obesidade, hoje falaremos da suscetibilidade genética. Sim, é fato que o desenvolvimento da obesidade também é influenciada pelos componentes hereditários.
Mas, e como isso se dá?
De forma bem simples, podemos dizer, conforme estudo de Iva Marques Lopes, sobre os Aspectos Genéticos da Obesidade, que os genes intervêm na manutenção de peso e gordura corporal estável ao longo do tempo, através da sua participação no controle de vias eferentes (leptina, nutrientes, sinais nervosos, entreoutros), de mecanismos centrais (neurotransmissores hipotalâmicos) e de vias aferentes (insulina, catecolaminas, sistema nervoso autônomo (SNA). Assim, o balanço energético, do qual participam a energia ingerida e a energia gasta, parece depender cerca de 40% da herança genética, podendo afetar ambas as partes da equação energética (apetite e gasto).
Claro, que o aumento da obesidade está estreitamente ligado ao estilo de vida adotado pelas comunidades na sociedade moderna, especialmente em razão pelo consumo de alimentos altamente gordurosos, associando-se a isso a inatividade física. No entanto, também os estudos comprovam que a anatomia da gordura corporal é influenciada pela genética, havendo pessoas com maior predisposição à reserva de gordura. No mesmo estudo, acima mencionado, Iva Marques diz que a probabilidade de que os filhos sejam obesos quando os pais o são, foi estimada obtendo-se percentagens entre 50% e 80%.
Diante dessa gama de informações, abre-se então, a saudável oportunidade para que as famílias sejam melhor avaliadas, quanto à questão da preexistência da obesidade e se tomem, a partir daí, medidas de orientação para que o fato não se repita com tanta ênfase nos familiares seguintes ou que se reduzam os riscos oriundos do desenvolvimento da obesidade