biologia
Luís Renato da Silveira COSTA*
COSTA, L.R.S. Estimativa do tempo de morte, através da análise do esfriamento corporal e sua importância pericial.
RESUMO: O autor, neste trabalho, analisa o comportamento da temperatura corporal após a morte, estabelecendo parâmetros que possam orientar os peritos, nas situações em que a determinação do tempo de morte se fizer necessária. Observou a variação da temperatura corporal em 42 (quarenta e dois) cadáveres não identificados, vítimas de morte violenta que faleceram em um Pronto Socorro de Urgências de Vitória - ES e que posteriormente foram encaminhados ao Departamento Médico Legal de Vitória (DML), dos quais se conhecia a hora da morte. Foi feito um acompanhamento das variações da temperatura corporal e da temperatura ambiente, através da medição via retal, utilizando-se um termômetro de mercúrio. Os resultados obtidos foram submetidos à análise matemática e à análise estatística.
UNITERMOS: Tanatologia, Cronotanatognose, Temperatura corporal.
1. Introdução
A morte, segundo ALCÂNTARA, é “a cessação completa e definitiva das funções auto-conservadoras, renovadoras e multiplicadoras da matéria orgânica que perde, assim, suas propriedades vitais”.
CARVALHO a define como “a desintegração irreversível da personalidade, em seus aspectos fundamentais morfo-fisiológicos, de molde a fazer cessar a unidade bio-psicológica, como um todo funcional e orgânico”.
Para SIMONIN, “a morte constitui um processo que se inicia nos centros vitais cerebrais ou cardíacos e se propaga, progressivamente a todos os órgãos e tecidos, ocorrendo inicialmente a morte funcional e depois a morte tissular”.
Até recentemente aceitava-se a morte como o cessar total e permanente das funções vitais. Atualmente, este conceito foi ampliado a partir do conhecimento de que a morte não é um puro e simples cessar das funções