Biologia
A Seleção Natural
Para melhor compreendermos o processo de seleção natural, é preciso antes compreender a maneira como os animais variam em suas formas, mesmo em indivíduos do mesmo grupo. É comum observar que existem diferenças sutis entre membros de uma mesma espécie ou comunidade. Se observarmos com atenção um bando de chimpanzés, vamos logo notar que alguns são mais altos, outros mais fortes, as cores dos pelos podem ter uma determinada variação e por aí vai. Em verdade, observamos as mesmas características entre os humanos. Embora sejamos todos de uma mesma espécie, carregamos diferenças morfológicas evidentes em comparação com os membros de nossas sociedades.
Embora o processo que resulta nessas diferenças não precise ser tratado detalhadamente neste momento, é importante considerar que ele é originário das etapas de divisão das células germinativas, ou seja, ocorre antes da formação do embrião que poderá vir a se tornar um novo indivíduo. Também vale observar que, a despeito de considerarmos as pequenas modificações como aleatórias, isso não é bem verdade. O fator de aleatoriedade existe, mas esta limitado a agir dentro de alguns parâmetros. Por exemplo, o filho de pais negros não poderá nunca nascer branco, ou de olhos puxados. No entanto, pode ter o tom de pele levemente mais claro ou escuro que de seus pais.
Mas deixemos os humanos de lado em benefício de um exemplo mais didático. Podemos imaginar uma espécie qualquer de ave vivendo em uma ilha com pouca ou nenhuma interferência do homem. Vamos supor que esta ilha possui uma particularidade, uma espécie de arbusto que cresce entre os rochedos e que produz pequenos frutos que servem de alimento ao grupo de aves que vive ali. Em alguns pontos da ilha existe um tipo de árvore que também produz frutos, mas eles são maiores e com uma casca um pouco resistente.
As aves que se alimentam do fruto produzido