biologia
Doença inflamatória crônica que pode atingir qualquer parte do trato gastrointestinal, sendo mais comum no íleo. Inicialmente observamos dor abdominal episódica e geralmente pós-prandial e periumbilical, febre baixa, diarreia discreta e posteriormente, dor abdominal com maior predomínio no quadrante inferior direito, perda de peso, diarreia acompanhada de flatulência, anorexia, febre, fatigabilidade fácil. Células imunologicamente ativas acabam agredindo o aparelho digestivo, da boca até o ânus, em especial a parte inferior do intestino delgado (íleo) e o intestino grosso (cólon) provocando lesões. A doença acomete todas as camadas da parede intestinal: mucosa, submucosa, muscular e serosa.
As enzimas digestivas vitais aos processos intestinais incluem lipase, celulase, pepsina, ptialina, tripsina, amilase e protease. Celulase que é necessária para digerir a fibra não pode ser produzido dentro do corpo, por isso você deve obter esta enzima por comer alimentos crus. Enzimas protease são à base de plantas e parecem aliviar a inflamação intestinal de alguém com doença de Crohn. Mamões são fontes de proteases, o que facilita a quebra de proteínas complexas facilmente absorvidas em aminoácidos. Papaína é uma enzima de mamão particularmente útil no alívio dos sintomas da doença de Crohn e é frequentemente encontrada em amaciadores de carne. Como a doença de Crohn pode comprometer todo o aparelho digestivo, é preciso localizar as partes acometidas pela doença. Para examinar esôfago e estômago – apenas 2% ou 3% dos casos ocorrem nessa região – podemos contar com a endoscopia digestiva alta. Já a colonoscopia permite ver o cólon e o limite entre o ceco e o íleo, parte terminal do intestino delgado onde ocorrem 80% das lesões (ulcerações serpiginosas que caminham lineares ou aftoides que têm um halo ao redor). Depois, podemos recorrer a outro exame de imagem: os raios X do trânsito intestinal. A pessoa toma contraste baritado e seu trajeto pelo