BIOLOGIA MOLECULAR
Como a plasticidade fenotípica se relaciona com a acomodação genética.
A plasticidade fenotípica pode ser definida como a capacidade de um genótipo de expressar fenótipos distintos quando exposto a diferentes ambientes , ou seja ela permite que uma parcela dos indivíduos de uma população sobreviva a uma mudança de ambiente por meio da expressão de novos fenótipos resistentes. Pontos importantes a serem observados sobre a plasticidade, é que a mesma não é necessariamente adaptativa. Ela pode ser o resultado direto de diferentes estímulos ambientais sobre os processos bioquímicos e fisiológicos do desenvolvimento. Esse tipo de variação deve ser muito comum, e é esperado, já que o ambiente inclui todas as matérias primas e condições físicas às quais o organismo está exposto durante o desenvolvimento. O que se espera é que o genótipo tenha a capacidade de modular o desenvolvimento de forma a tamponar efeitos deletérios causados por essas variações no meio.
Essa combinação entre o genótipo e a variação ambiental pode se dar por seleção natural atuando sobre a variação genética para a plasticidade, e tem sido denominada acomodação genética. Ela pode levar a um aumento ou a uma redução na plasticidade, dependendo do tipo de variação no ambiente. Quando há uma mudança ambiental, e o novo ambiente se torna predominante, espera-se que a seleção atue reduzindo a plasticidade, por meio de canalização do fenótipo ótimo no novo ambiente. Quando há variação nos ambientes encontrados pela população, a expectativa é de que a seleção module essas normas de reação, gerando plasticidade fenotípica adaptativa.
Nessa definição geral de plasticidade, estão inclusas variações que se dão em vários níveis de organização dos organismos: bioquímicos, fisiológicos, morfológicos e comportamentais. Geralmente, mas não exclusivamente, a fisiologia e o comportamento respondem ao ambiente de forma rápida, havendo alterações nessas características várias vezes ao longo do período de