A ORIGEM No filme A Origem, a uma confrontação entre o que é o estado do sono com o que é o sonho. Uma análise com cunho filosófico de um problema que tem a muitos séculos despertado o ser humano a se aproximar de um razoável entendimento. O contraste de sonho e estar acorda. Esta problemática enfatizada no filme transcorre entre todos os seres humanos, será que estamos sonhando, ou, estamos acordados? Com isso em mente, não é de estranhar esta pergunta consciente e levada algumas vezes à prática: estou acordado ou sonhando? Cumpre aqui uma abordagem sobre o sonho em seu aspecto mais simples. Eles muitas vezes aparecem tão reais que em muitos casos não queremos sair deste estado. Isto porque o sonho provoca o imperativo imaginário com eventos e acontecimentos agradáveis, muitas vezes num período da representação não tão estável, proporcionando prazer e realização. A representação imaginada por muitos hoje são verdadeiros pesadelos em sua rotina escravizadora. O sonho acaba por tornar-se uma excelente maneira de sobrepor a representação aos sobressaltos, pular obstáculos e permitir por alguns momentos sair desse ciclo vicioso. A uma pergunta difícil de silenciar é se queremos mesmo estar no estado de acordado? Numa cena quase única, o momento aonde se chega a um espaço fechado onde muitos estão dormindo o personagem central aparentemente, desconfia se todos vêm ali para dormir e deixa escapar seu pensamento, sendo respondido pelo senhor que cuida do ambiente. O estar acordado representa estar consciente de tudo que se passa neste plano. Viver uma representação daquilo chamado vida, em seus pormenores cáusticos, doença, velhice sem qualidade de vida, a decepção em não perceber que esta representação foi muito rápida, o desejo de voltar incontrolável e desesperador. Estes detalhes que fazem da representação inominável. O ator nessa representação pode ter a satisfação de não pensar, não ver o ocorrido e tampouco participar daquilo que não deseja. Neste plano se pode