Biologia Alexandre Farias
Os primeiros seres que surgiram na Terra eram formados por uma única célula e se assemelhavam, a julgar por vestígios fósseis, às atuais amebas. A partir deles processou-se a evolução de uma numerosa série de divisões e classes, cuja estrutura se tornou cada vez mais complexa e conduziu à vasta gama em que hoje se diferencia, desde as esponjas até os vertebrados superiores. Todos esses conjuntos, que incluem a maioria das espécies animais do planeta, constituem o sub-reino dos metazoários.
Metazoários são os animais pluricelulares, ou seja, aqueles cujo organismo é constituído por várias células. No reino animal, só os protozoários são unicelulares, uma vez que as bactérias, vírus e demais microrganismos pertencem a outra classificação. No nível mais baixo da evolução dos metazoários estão as esponjas, derivadas talvez de primitivos protozoários flagelados, que são animais unicelulares dotados de flagelos (finos filamentos de função locomotora).
Pertencentes ao filo dos poríferos ou espongiários, as esponjas não dispõem de autênticos aparelhos orgânicos e só têm duas camadas de células embrionárias, sendo pois diblásticas. São também diblásticos os celenterados (hidras, medusas, corais) e os ctenóforos (semelhantes àqueles, mas dotados de fileiras de cílios ou "pentes" locomotores), em que já aparecem aparelhos e órgãos diferenciados.
Com três camadas ou folhetos embrionários -- ectoderme (externa), mesoderme (mediana) e endoderme (interna) -- e portanto triblásticos, distinguem-se os asquelmintos (rotíferos, nematódeos como as lombrigas intestinais etc.), vermes cilíndricos em que já existe uma pseudocela, ausente nos subfilos anteriores. Trata-se de um espaço entre o tubo digestivo e a parede externa do corpo, mas não de um verdadeiro celoma, a cavidade principal do organismo, porque o celoma é cercado pela mesoderme e com esta a pseudocela só tem contato parcial.
Os platelmintos, vermes moles de corpo chato, freqüentemente parasitos