Biogás
Recentemente tive a oportunidade de participar de um encontro aonde tive o privilégio de ouvir representantes do governo alemão, empresários (tanto alemães quanto brasileiros) e agricultores que incorporaram a idéia do biogás incrementando e muitas vezes fazendo dela sua nova fonte de renda.
O biogás faz parte de um conjunto apresentado como “As Energias Renováveis” sendo esta apenas uma das opções existentes quando falamos de matriz energética. O que me parece mais claro é que esta ferramenta em especial, o biogás, é feito sim para a diversificação da matriz energética, porém com foco nos pequenos grupos.
Uma adversidade do biogás diante de outras produções energéticas pode ficar a cargo da constância de produção se comparado a produções variáveis, podendo esse servir de compensador das variações e perdas temporárias, o que deixaria de ser uma adversidade para se tornar uma solução.
O pesquisador alemão Jens Giersdorf mostrou o foco de produção agrícola visando suprimento energético, aqui saliento que o milho, seguido da beterraba e a casca de arroz são os mais engajados na produção de energia, por suas propriedades de fermentação e caloríficas. Isso sem falar no tratamento de resíduos, maior aproveitamento alemão na área de suinocultura.
Na Alemanha, pela ausência de intervenção do estado, as pequenas propriedades rurais tratam os dejetos de seus animais de forma criativa e lucrativa. Alem da energia elétrica propriamente dita à produção de calor também é um fruto gerado pelo biogás. Porém, o grande achado está no tratamento, aquilo que não tinha mais utilidade e ocupava espaço, agora rende dinheiro e unifica pequenos grupos que acabam se beneficiando pelo fato de estarem ligados a uma usina de biogás, isso quando o empreendedor não dispões de sua própria usina de tratamento.
O senhor Giovani Garcia da Silva, da UFRGS falou sobre resíduo urbano e neste contesto é inevitável pensar em soluções para esse velho, caro e