Em 1910 nasce em Passo do Camaragibe, Alagoas, Aurélio Buarque de Holanda Ferreira, o homem que se tornou sinônimo da palavra Dicionário.Aos sete anos, Aurélio descobriu o gosto pela leitura, graças a um livro de Felisberto de Carvalho. O primeiro contato com um dicionário foi no cartório de Porto Calvo - era para lá que o pequeno Aurélio corria “quando queria decifrar o sentido de alguma palavra”.Em 1928, Aurélio é chamado para ensinar no Orfanato São Domingos, onde passou cinco anos como professor. Aurélio vai para o Rio de Janeiro, em 1933, onde passa apenas um ano e retorna para Maceió, onde passa a trabalhar na prefeitura. Três anos depois, Aurélio consegue formar-se em Direito pela Faculdade de Direito do Recife. Torna-se professor de Língua Portuguesa, Francesa e Literatura no Colégio Estadual de Alagoas. Assume o cargo de Diretor da Biblioteca Municipal de Maceió e Diretor do Departamento de Estatística e Publicidade da capital. Em 1938, é convidado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para fazer estágio e especialização em estatística no Rio de Janeiro. Passa a morar definitivamente no Rio de Janeiro. Começa a escrever artigos e contos para jornais e revistas. Um ano depois, torna-se secretário da Revista do Brasil. Em 1941, Aurélio iniciou sua carreira de lexicógrafo, colaborando com o Pequeno Dicionário da Língua Portuguesa, por indicação do poeta amigo Manuel Bandeira. Seu livro de contos, Dois Mundos, foi premiado pela Academia Brasileira de Letras em 1942.Paulo Rónai, o amigo e parceiro de trabalho na obra Mar de Histórias, apresentou Marina Baird ao lexicógrafo, com quem ele se casou em 1945 e teve dois filhos, Aurélio e Maria Luísa, que lhes deram cinco netos. Marina foi sua companheira de vida e assistente em muitas de suas obras. Começou a escrever para a revista Seleções, do Reader’s Digest, na seção Enriqueça o Seu Vocabulário. Quatro anos depois, foi contratado pelo Ministério das Relações Exteriores para lecionar Estudos