Atividade 04
A brasileira que empreende no Vale do Silício fala sobre o peso de errar e diz que não se considera bem sucedida ainda
Priscila Zuini, de Entrevista | 04/12/2012 06:00
São Paulo – Bel Pesce ficou conhecida por passar no processo seletivo do MIT, trabalhar no Google e virar empreendedora no Vale do Silício, na Califórnia. Tudo isso antes dos 25 anos. Hoje, Bel faz parte do time da startup Lemon, que quer ser uma réplica digital da carteira, e contou sua experiência no e-book gratuito “A Menina do Vale”. "A ideia é começar pouco a pouco a mostrar que há benefícios em tirar as coisas da carteira e colocar no telefone", conta.
Com pouco mais de um ano, a empresa soma dois milhões de usuários. "É uma startup, então estamos todo dia morrendo para tentar crescer mais e ver o que a galera gosta. O app é gratuito, mas algumas funcionalidades são pagas", diz.
Para muitos, ela é o exemplo de sucesso. A empreendedora nega o posto. “Nem acho que sou bem sucedida ainda, tem muita coisa a fazer”, diz. Em entrevista a EXAME.com, a jovem fala sobre seu negócio, a importância e o peso de errar e quem são seus ídolos no empreendedorismo.
EXAME.com – Você está nos Estados Unidos há mais de cinco anos. Qual foi a principal lição que tirou dos empreendedores daí?
Bel Pesce - Como tem muito empreendedor aqui, o risco é visto de outra forma. O erro é mais aceitável. Se a pessoa tem seis empresas e todas deram errado, ele é um empreendedor experiente, e não um perdedor. O Vale já viu muitas empresas darem errada e entende o tamanho do risco que é empreender. Eu acho também que as pessoas crescem ouvindo histórias de empreendedores e o jovem cresce pensando em empreender como uma opção de carreira. Nunca aprendi empreendedorismo no Brasil. Aprendi física e química, mas não a empreender.
EXAME.com – E quais são as coisas ruins?
Bel Pesce - Têm duas coisas peculiares. Aqui é o lugar mais competitivo do mundo. É