Biografia Anita Malfatti
Anita Malfatti (1889-1964) foi uma pintora brasileira. Sua polêmica exposição em 1917, foi um marco para renovação das artes plásticas no Brasil. O escritor Monteiro Lobato, crítico de arte do jornal O Estado de São Paulo, publicou um artigo intitulado "Paranoia ou mistificação?", era uma crítica à mostra expressionista de Anita Malfatti, que serviu de estopim para o movimento modernista no Brasil. Algumas de suas obras tornaram-se clássicos da pintura moderna.
Anita Malfatti (1889-1964) nasceu em São Paulo, no dia 2 de dezembro. Filha de Samuel Malfatti, engenheiro italiano e de Betty Krug, de nacionalidade norte-americana. Anita nasceu com uma atrofia no braço direito e teve que aprender a usar a mão esquerda e para isso recebia os cuidados de uma governanta.
Aprendeu as primeiras letras no colégio São José. Em 1897 estudou no Colégio Mackenzie, onde formou-se professora. Aprendeu a pintar com a mãe, que dava aulas de pintura e línguas, para sustentar a família, depois da morte do pai. Com a ajuda do tio e do padrinho, foi estudar na Europa. Teve aula no ateliê de Fritz Burger e em seguida matriculou-se na Academia Real de Belas Artes em Berlim estudando pintura expressionista.
Em 1914, voltou ao Brasil e realizou uma exposição na Casa Mappim, sem grande destaque. Em 1915 a pintora partiu para Nova York, onde estudou na Art Students League e sob a orientação de Homer Boss, teve a liberdade de pintar livremente, sem limitações estéticas. Foi a fase que pintou seus quadros mais brilhantes.
Anita Malfatti volta para São Paulo em 1917, e no dia 20 de dezembro realiza a polêmica exposição, com 53 obras, entre elas algumas que se tornaram clássicos da pintura moderna, como "A Estudante Russa", "O Homem Amarelo" e "A Mulher de Cabelo Verde". A arte de Anita foi criticada por Monteiro Lobato, que na época era crítico de arte, do jornal O Estado de São Paulo, com o artigo "Paranoia ou mistificação?". Enquanto Oswaldo de Andrade defendeu a