1.Introdução A energia sempre foi reconhecida como a base do desenvolvimento das civilizações. No final do século XIX, por exemplo, o mundo se modernizou após a Revolução Industrial, principalmente devido às novas fontes de energia. Conforme relata Alves et al. (2009), as fontes de energia podem ser classificadas em renováveis, conhecidas também como energia limpa, como exemplo da energia solar, eólica, biomassa e a hídrica, que obtêm repostas da natureza em períodos relativamente curtos de tempo e as não renováveis, também chamadas de suja, cujas reservas esgotam sempre que utilizadas, sendo que a reposição das mesmas na natureza pode levar milhões de anos, ou simplesmente, não mais ocorrer (SILVA et. al., 2009). As energias renováveis vêm ganhando mais força nos últimos tempos, favorecendo assim seu desenvolvimento, disseminação e aplicação, tornando-se uma alternativa totalmente viável para a atual situação em que o mundo se encontra, com as crises de petróleo nos países produtores, grande fragilidade do sistema de hidroelétricas, que ocasionou os últimos apagões no Brasil, inviabilidade e perigo de construção de termelétricas, usinas nucleares e outras formas de energia suja, chamadas desta forma, pois a utilização das mesmas gera uma grande carga de poluentes e, conseqüente degradação ambiental, o qual é visível e notório do ponto de vista social, econômico e humano, conforme descreve Silva et al. (2009). Segundo Coldebela (2004), atualmente estima-se a existência de 2 trilhões de toneladas de biomassa no globo terrestre, ou seja, cerca de 400 toneladas per capita, o que corresponde a oito vezes o consumo de energia primária no mundo, atualmente de 400 EJ/ano. A biomassa pode ser encontrada em três classes, sendo elas: sólida, líquida e gasosa e os dejetos animais são os melhores alimentos para os biodigestores, pelo fato de já saírem de seus intestinos carregados de bactérias anaeróbias (SILVA, et. al., 2009).