Bioasfalto O asfalto é um betume espesso, constituído de hidrocarbonetos não voláteis e substâncias minerais, provenientes da destilação do petróleo, utilizado principalmente na pavimentação de ruas e estradas, e tem seus primeiros registros históricos por volta de 3000 a.C., quando era utilizado para mumificação e evitar vazamentos de água. Por apresentar derivados do petróleo, o asfalto é considerado prejudicial à natureza, levando à realização de pesquisas para a produção de tipos de asfalto com um menor impacto ambiental, mas que tenham a mesma resistência do original. Na Universidade do Kansas, Estados Unidos, foi proposto, pelo estudante de engenharia civil Wilson Smith, um tipo de asfalto produzido com compostos vegetais facilmente encontrados na natureza, o chamado “bioasfalto”, o qual é projetado principalmente para estradas de terra. Tal asfalto oferece a mesma capacidade de solidificação sobre a terra bruta, pois Smith está trabalhando com a lignina, material que dá rigidez às células vegetais, servindo como liga quando em contato com terra solta e pedras. Essa molécula consegue desempenhar, o mesmo papel dos materiais encontrados em estradas de terra, basta que seja acrescentado um pouco de água. Ao colocar o líquido, o material torna o solo mais liso, menos empoeirado e mais durável, pois a mistura é mais resistente à erosão, em especial nos períodos chuvosos. Além de ter características semelhantes às das substâncias iniciais, a lignina é encontrada facilmente na natureza, uma vez que é obtida por um processo natural do metabolismo das plantas, sendo encontrada em diversos resíduos da produção agrícola – como na palha do milho e bagaço da cana-de-açúcar –, o que a torna sustentável e renovável. Ainda em 2013 o estudante deve obter resultados de suas pesquisas e então procurará investimentos para a realização de testes de campo com a substância.
Bibliografia: