Billy budd
Na obra Billy Budd (1924) de Mellville, a natureza é apresentada como modelo cuja aparência se remete a essência. O mesmo fenômeno é estudado pela ciência da fisignomia que lê na aparência do rosto os traços da personalidade. A obra trata-se de uma novela – parábola (do grego: parábola = comparação, aproximação), isto porque há vários elementos simbólicos, carregados de significados, tudo no texto propositalmente produz sentido. A natureza é uma forte representação em toda obra, que mostra um dualismo (por exemplo, entre o bem e mal). Billy personagem principal é um tipo (molde), um modelo, bonito, ingênuo e inocente, aceita seu recrutamento forçado e embarca num navio chamado “direitos do homem”, onde mais tarde será injustamente condenado à forca.
Abaixo analisaremos primeiramente, algumas das passagens em que o autor compara Billy Budd a elementos da natureza, especificamente a animais.
Quanto ao recrutamento forçado, parecia aceita-lo sem maiores reservas, como era seu costume aceitar as vicissitudes do tempo. À maneira dos animais, embora nada tivesse de filosofo, ele era na pratica e sem o saber, um fatalista. Também é possível que se comprazesse dessa virada aventurosa que a vida proporcionava, com sua promessa de episódios romanescos e agitações bélicas.
Nesta passagem, a maneira de Billy agir é comparada “à maneira dos animais”, isto porque ele reage ao seu recrutamento com resignação, sem perspectiva de mudança da situação, como algo irrevogável, ele simplesmente aceita, como um animal. Nesta passagem especificamente, devido a sua inocência ele pode ter acreditado que seria bom estar a bordo deste num navio em pleno contexto de guerras, provavelmente pensou que terias muitas aventuras agradáveis, é possível que ele tenha embarcado feliz.
Sim, Billy Budd havia sido abandonado pelos pais. Era, podia-se presumir um filho ilegítimo, decerto de fonte nada ignóbil. A descendência nobre era nele tão evidente como a