Big Push
UMA ANÁLISE DE COINTEGRAÇÃO DA ECONOMIA BRASILEIRA
O artigo de Lopes verifica a relevância do modelo de Big Push , proposta por Shleifer & Vishny (1989), para explicar o caminho de crescimento de longo prazo da economia brasileira, por meio de um estudo da industrialização do país. Ou seja, o objetivo proposto foi testar a presença de externalidades inter-setores da indútria brasileira para verificar se o mercado doméstico é relevante e a possibilidade de um Big Push industrial.
No modelo de Murphy, Shleifer & Vishny (1989) há a idéia de industrialização simultânea dos setores da economia como lucrativo para todos mesmo quando não há lucro dos setores individualmente, em uma economia com competição imperfeita e com spillovers de demanda agregada . O Big Push é um movimento para o equilíbrio e são apresentados três mecanismos para ocorrencia deste em países desenvolvidos:
Mecanismo 1: Big Push com Prêmio Salarial na Indústria – Com origem no trabalho de Rosenstein-Rodan (1943), o modelo explica que para uma firma trazer trabalhadores rurais para a industria, esta precisaria pagar um premio salarial aos trabalhadores para compensar a desutilidade do movimento. Entretanto, a firma não conseguiria pagar esses salários maiores caso fosse a única a iniciar a produção, devido as vendas serem muito baixas. Portanto, se várias firmas investissem na produção simultaneamente, todas teriam mercado consumidor , promoveriam a indústria e conseguiriam pagar um premio salarial aos trabalhadores. Neste contexto, poderiam existir dois equilíbrios: um com industrialização e um sem industrialização (problemas de coordenação).
Mecanismo 2: Big Push com Investimentos Privados – Enfatiza o aspecto intertemporal da