Big Brother Escola
Os alunos também com seus celulares, escondidos, filmam colegas e professores, esses em situação constrangedora. Alguns vídeos vão parar na internet: o You Tube mostra um professor destruindo o celular de um aluno cujo ¿sonzinho¿ atrapalhava a aula e alunos sabotando professores em ato. Procedimentos como esses podem virar processos judiciários.
Muitas escolas particulares justificam o alto custo do sistema eletrônico de vigilância para permitir aos pais monitorarem os filhos em tempo real na sala de aula, recreio ou creche. Os pais concordam. Já os alunos argumentam que as filmagens têm o poder de protegê-los do ¿bullying¿ (intimidação física ou psicológica), do trote violento, e do assédio moral e sexual de alguns professores.
Os pedagogos e professores ainda não sabem como se posicionar diante da invasão da privacidade no ambiente escolar. Embora haja desconforto para com o ¿Big Brother escolar¿, monitorados por funcionários e alunos, cada qual com um propósito legal ou moral/imoral, é preciso pesquisas e debates sobre seus efeitos psicológicos, pedagógicos, sociológicos.
O panoptismo virtual já é naturalizado nos edifícios, supermercados, shoppings, bancos, hospitais, ruas, praias, estádios de futebol, entre outros locais públicos e privados, por que não aceitar nas escolas? Afinal, as câmeras podem `ver? e gravar atos delinquentes.
Mas os foucaultianos alertam que a intenção eletrônica de ¿vigiar¿ não garante, por si só, coibir ou punir atos delinquentes. Até porque o aviso ¿sorria, você está