biblia
Agora sim, linguagem e língua
Se você estiver confuso em relação aos animais, pensando que eles de alguma maneira se comunicam, não como nós, mas se comunicam, ainda assim não podemos dizer que tenham linguagem, essa é exclusiva do ser humano. O que os animais têm são formas de comunicação.
Pesquisas científicas já catalogaram, em chimpanzés, cerca de 100 sinais diferentes para expressar medo, fome, alegria etc. Mas são formas pontuais, limitadas, específicas.
Pare para refletir...
Se a linguagem é uma capacidade humana, por que todos nós não falamos a mesma língua? Por que uma criança de família chinesa, que nasce na França, fala francês e também chinês?
Aqui chegamos a um ponto essencial: a língua é uma construção social, e corresponde à cultura, história e sociedade de um determinado povo, de uma determinada nação.
Se você tem uma capacidade de pensar sobre alguma coisa, de interpretar, de atribuir significado a algo, isso é comunicado através das regras de alguma língua que você saiba. Mas como os outros vão saber o que você está pensando? Bem, só vão saber se você falar: linguagem e língua se concretizam na fala.
A variação padrão, ou norma culta, é a forma de se comunicar das pessoas que têm mais prestígio social, das que possuem um nível de escolaridade maior. Enfim, é a forma de comunicação das pessoas que são mais respeitadas na sociedade, daí a maioria não querer ter a mesma forma de falar das pessoas que têm pouco prestígio social.
A língua nos possibilita organizar frases, textos, utilizando os elementos que conhecemos dessa língua. Porém, a norma social não permite que sejam feitas todas as combinações possíveis, ela impõe limites. Em outras palavras, tudo se pode, mas nem tudo se deve. O professor Claudio Moreno, no vídeo ao lado, tece algumas considerações sobre norma culta, prestígio e variação da língua. Se quiser saber mais sobre o autor, acesse o site