Benedith anderson - comunidades imaginadas
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(P.3 ) Cap. 1: Raízes Culturais.Não existem símbolos mais impressionantes da cultura moderna do nacionalismo do que os cenotáfios e o túmulo do soldado desconhecido. Contudo, estes túmulos vazios estão carregados de imagens nacionais espectrais.
(P.3 ) Se o nacionalismo se importa tanto com a morte e a imortalidade, isso sugere sua grande afinidade com os imaginários religiosos. Com isso vale a pena começar a avaliar as raízes do nacionalismo pela morte, o último elemento de uma série de fatalidades. A morte, assim como a herança genética pessoal, nosso sexo, a época em que viemos, nossas capacidades físicas, língua-materna, etc são fatores contingentes e inelutáveis.
(P.3 ) O grande mérito das religiões (fora seu papel na legitimação do sistema de dominação e exploração) é a sua preocupação com o homem no universo. Ela tenta explicar o por que. A religião se interessa pelos vínculos entre os mortos e os ainda não nascidos.
(P.3 ) O século XVIII na Europa marca o amanhecer do nacionalismo e o anoitecer do pensamento religioso. A religião declinou, mas o sofrimento que ela ajudava a apaziguar não desapareceu.
Admite-se que os estados nacionais são “novos” e “históricos”, ao passo que as nações ao qual elas dão expressão política sempre assomam de um passado imemorável, seguindo a um futuro ilimitado. É a magia do nacionalismo que transforma o acaso em destino.
(P.3 ) Anderson não está sugerindo que o nacionalismo tenha substituído a religião. O que ele está fazendo é alinhando o nacionalismo não a ideologias políticas conscientemente adotadas, mas a sistemas culturais. Religião e nacionalismo foram estruturados de forma a serem incontestáveis.
(P. ) A Comunidade Religiosa.
Todas as comunidades clássicas se consideravam cosmicamente centrais, através de uma língua sagrada ligada a uma ordem supra-terrena de poder. Essas comunidades clássicas ligadas por línguas sagradas tinham o caráter diferente das comunidades imaginadas das nações modernas: a confiança