Belo monte
Com o título “Belo Monte, anúncio de uma guerra”, o vídeo foi idealizado e produzido por André D’Elia, que há dois anos visita a região de floresta amazônica para a realização de entrevistas com moradores de cidades próximas ao canteiro de obras da usina, como Altamira e Vitória do Xingu.
Com previsão de ser lançado inicialmente na internet em meados de março, mas com planos de exibição nos cinemas, o vídeo é mais uma mobilização contrária da sociedade à obra do governo federal.
Protestos nacionais e internacionais já foram registrados contra a obra, considerada uma das principais do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal.
O vídeo expõe a opinião de especialistas sobre a polêmica construção e ainda mostra depoimentos de moradores e indígenas que serão impactados pelo complexo hidrelétrico. “Nós queremos mostrar que a legislação não está sendo cumprida, que existe conflito de informações e um grande impacto socioambiental naquela região”, afirma.
“Não consideramos Belo Monte como um fato consumado. Temos fé no sistema judiciário brasileiro”, disse D’Elia, se referindo aos processos judiciais em trâmite que tentam evitar a continuidade da construção da usina.
Belo monte
A hidrelétrica de Belo Monte será construída entre as cidades de Altamira e Vitória do Xingu. A usina terá duas barragens e dois reservatórios. O primeiro não altera o leito do rio, só alarga suas margens, o que corresponde ao que é o Xingu hoje em período de cheia.
O segundo reservatório vai alagar o que hoje é terra firme: pasto e floresta. Um canal ligará os dois reservatórios. Com isso, o curso natural do rio será desviado. Na área onde hoje o Xingu faz uma imensa curva, a chamada Volta Grande, terá a vazão reduzida.
Depois de concluída, a usina