Belo Monte Críticas
O projeto diz respeito à construção da terceira maior usina hidrelétrica do mundo no rio Xingu, na Floresta Amazônica, e os impactos previstos vão desde o ambiental até o cultural, já que, como se sabe, a Floresta Amazônica abriga uma enorme fauna e diversas tribos indígenas.
O Aproveitamento Hidrelétrico (AHE) Belo Monte causará, além dos impactos ambientais, um colapso nas aldeias indígenas. Com a modificação econômica e da cadeia alimentar dos povos ribeirinhos – já que a caça e a pesca, usadas para consumo, comércio e lazer serão comprometidas, o que gerará o abandono de atividades sustentáveis e a dependência cada vez maior de recursos externos –, o comprometimento de meios de navegação, de transportes e de recursos hídricos, o aumento de doenças infectocontagiosas e da vulnerabilidade das organizações sociais, o estímulo à migração indígena, entre outras milhares de consequências que comprometem socialmente os povos que vivem naquela região, torna-se notória a irreversibilidade das mesmas.
Já o tamanho do desequilíbrio ecológico pode ser observado com a análise da grande área florestal a ser desmatada, do alagamento equivalente a 1/3 da cidade de São Paulo para alimentar as turbinas de Belo Monte, da extinção de centenas de espécies de animais terrestres e aquáticos que só são encontrados na fauna amazônica e de diversas outras consequências da construção da usina.
Sobre o Direito e com base, principalmente, no Art. 5º da CF/88, no Art. 231, no Princípio 1 da Conferência de Estocolmo sobre o Meio Ambiente Humano de 16/06/1972 e na Declaração Universal dos Direitos dos Animais, proclamada pela UNESCO em 15/10/1978, pode ser observado que a Carta Magna de 1988 veda a remoção dos indígenas de suas terras, a violação do direito das futuras gerações – que seria tirado com a