behaviorismo
ALGUNS ASPECTOS DO BEHAVIORISMO RADICAL DE SKINNER EM “SOBRE O BEHAVIORISMO” (1974)
Burrhus Frederic Skinner (1904-1990) é um dos principais (se não “o principal”) nomes da análise comportamental. A seguir apresento brevemente algumas características do pensamento de Skinner exposto em seu livro Sobre o Behaviorismo, de 1974.
Livro “Sobre o Behaviorismo”, de B. F. Skinner
O behaviorismo radical de Skinner
O behaviorismo é geralmente acusado de estar associado à ideia segundo a qual não existem ideias inatas. O homem, nesta concepção, é uma folha em branco, a tabula rasa, e toda forma de pensar, conhecer e se comportar, é aprendida através da experiência do indivíduo ao longo da vida. Skinner, na verdade, ao contrário do que muito a gente acredita, rejeita esta concepção, para ele o comportamento é um misto: o organismo é dotado de comportamentos inatos baseados em sua dotação genética e de uma estrutura que o torna apto a adaptar seu comportamento às novas condições do ambiente, ou seja, aprender. O behaviorismo radical de Skinner é apresentado como a filosofia que se ocupa da ciência do comportamento. Ciência essa em que a análise da interação entre organismo e ambiente foi escolhida como a via para explicar os fenômenos que a psicologia se propõe a responder.
Como filosofia da ciência do comportamento, o behaviorismo apresenta um conjunto de ideias que, em muitos casos, oferece uma visão diferente daquela que tradicionalmente costumamos acreditar acerca de nosso comportamento. Skinner rejeita a tradição mentalista que dominava o pensamento ocidental. Quase todas as teorias da mente sustentavam que essa era um espaço não-físico, de uma natureza especial que não estava submetida às mesmas leis da natureza. O behaviorismo recusa os vestígios dessa tradição mentalista que afirmava ser o corpo movido por um ou vários espíritos. Segundo Skinner, linhas dessa doutrina são vistas desde a Grécia antiga, passando por Descartes, e traços